Os brasileiros já percebem no dia a dia os efeitos da crise econômica que o país atravessa. Em Buritis, a população começa a sentir na pele as consequências do aumento da inflação, custo de vida, inadimplência e desemprego.

Segundo Cátia Durães, presidente da ACE/CDL Buritis (Associação Comercial e Empresarial de Buritis), o momento é de crise e os comerciantes de Buritis estão sentindo o impacto. “Os clientes estão gastando menos e muitos empresários estão precisando cortar gastos”.

Na manhã de sexta-feira (7) a Prefeitura de Buritis convocou uma coletiva de imprensa para divulgar à população a atual situação financeira do município. Em uma hora de apresentação, o prefeito João do Caixão (PSDB), o vice João Flávio Braga e o secretário de educação Daniel Fonseca Melo falaram sobre as dificuldades que o município vem enfrentando e o que está sendo feito para minimizar os efeitos da crise.

A demissão de aproximadamente 100 funcionários e o atraso em pagamentos à fornecedores foram os destaques entre os assuntos abordados. Segundo a administração, o corte de repasses do Governo Federal é a principal razão dos ajustes nas contas.

A Prefeitura é a maior empregadora do município e as demissões impactam diretamente no comércio. Para Cléber Thiago, proprietário do Supermercado AZM, o setor de alimentos não foi muito afetado por se tratar de uma necessidade básica, mas foi preciso usar novas estratégias para manter as vendas. “A nossa meta de crescimento está com uma taxa menor e a lucratividade diminuiu”. Segundo o empresário, o custo dos impostos, juros altos e o aumento exorbitante da energia elétrica tornam o futuro incerto.

O lavrador José Roberto afirmou que está sobrando menos dinheiro no final do mês. “O salário é muito pouco pra manter a família mas a gente vai vivendo com o que tem”.