Servidores efetivos de Buritis reivindicaram na manhã de quarta-feira (11) o atraso do pagamento referente ao mês de dezembro. A categoria representada pelo presidente do Sindicato de Servidores Públicos de Buritis (Sindiburi) Erni Prado, o vice-presidente Epifânio Pereira e a servidora Selvani Mendes se reuniram com o atual prefeito Dr. Keny Soares para negociar o pagamento em atraso.

Segundo o sindicato, o prefeito informou que devido a série de acordos de parcelamentos de débitos previdenciários que o município tem junto à Receita Federal, a administração necessitará parcelar os salários atrasados. A primeira parcela será paga até o dia 17 de janeiro. “Outro ponto levantado na reunião foi o pagamento referente ao mês de janeiro, que será pago no quinto dia útil, como previsto” completou Erni.

“Nós viemos, trabalhamos, cumprimos o serviço em 2016 e agora o salário está atrasado há mais de 10 dias, quando deveria ter sido pago no último dia do mês. Precisamos de um posicionamento da administração. Temos compromissos financeiros, datas vencidas onde serão cobrados juros”, reclamou a servidora Valdete Silva.

Os servidores da educação questionaram sobre a aplicação do FUNDEB, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos profissionais da Educação, repasse utilizado também para pagar o salário dos profissionais da educação. No mês de dezembro de 2016 Buritis recebeu R$ 992 mil referente ao fundo, e de acordo com a administração, o repasse foi todo aplicado na área destinada. O município ainda não recebeu o FUNDEB de 2017, mas segundo o Artigo 211 da Constituição Federal, a parcela deste ano não pode ser aplicada em despesas de exercícios anteriores.

De acordo com o secretário municipal de fazenda, Júlio Pimentel, o município recebeu mais de R$ 601 mil da primeira parcela do Fundo de Participação dos Municípios, o FPM, mas o valor foi bloqueado em razão das dívidas ativas. “657 servidores públicos serão pagos com fundos próprios do município. O débito atual é de R$ 1,7 milhão, razão pelo qual os pagamentos precisam ser parcelados” afirmou.

Fotos: Rayssa Campos