Representados por uma comissão, professores estaduais e municipais de Buritis foram as ruas na manhã de quarta-feira (15) manifestar contra a Reforma da Previdência prevista pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16. O manifesto iniciou às 8h, com saída da praça da juventude e percorreu as principais avenidas do centro da cidade.

A paralização em Buritis faz parte da greve nacional com tempo indeterminado. Os educadores municipais decidiram não aderir à greve, mas apoiam as manifestações indo às ruas, com alunos, familiares e amigos. Um grupo de doze educadores foram para Brasília representar o município. Cerca de 8 mil pessoas manifestaram em frente ao Ministério da Fazenda na capital.

A reforma da previdência prevê mudanças na idade de aposentadoria e no tempo de contribuição do INSS. Segundo o professor e vice-diretor Charley Pinheiro, que estava à frente do movimento dos professores, “o protesto se concentra contra a mudança que prevê uma alteração de 25 anos de contribuição para 49 anos. Uma diferença enorme para classe”.

“A idade para aposentar pode ser aumentada automaticamente e a qualquer momento desde que o IBGE detecte que a idade média da população cresceu” pontuou o matemático e manifestante, Edvardes Fonseca. Outra ressalva feita em sua fala é que a reforma atinge não apenas os educadores, mas a população no geral.

Centenas de pessoas acompanharam a manifestação. Representantes da Câmara Municipal, sindicalistas, APAE de Buritis, comerciantes e servidores municipais. Organizadores do movimento acreditam que mais de 400 pessoas foram as ruas da cidade. A Polícia Militar que fez a segurança do evento não divulgou um número de participantes.

Fotos: Rayssa Campos