O Sindiburi (Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Buritis) está no centro de uma disputa pelo seu controle. Com mais de 530 filiados, que colaboram mensalmente com 1% de seus vencimentos, duas partes aguardam uma decisão da Justiça que poderá alterar o destino da entidade que os representam.
A situação veio a tona no dia 10 de agosto, quando foi realizada uma assembleia extraordinária e criada uma comissão provisória para dirigir o sindicato até que sejam convocadas novas eleições da diretoria.
Segundo o presidente da comissão, Francisco das Chagas Silva, o Sindiburi estava atuando sem diretoria desde março de 2012. Francisco disse que procurou por várias vezes informações sobre a situação da entidade, como a cópia do estatuto e a pauta das últimas reuniões, mas não foi atendido em suas solicitações. “Esperei 45 dias e não fui atendido, tendo que recorrer a cartório para buscar essas informações, quando descobri que o sindicato estava descoberto sem diretoria”, explicou.
O até então presidente Epifânio Pereira Bispo e o vice-presidente Erni Prado Fonseca se disseram surpresos e acusaram a comissão de praticar um golpe. “Essa assembleia foi feita de forma irregular, sem o número mínimo de filiados necessários e outros problemas”, afirmou Erni. Segundo ele, o sindicato não estava sem diretoria. Erni apontou um lapso do então secretário como motivo de não ter ocorrido o registro em cartório da ata da última eleição. “Protocolamos na quinta-feira (15) uma ação na Justiça e esperamos que seja cancelada essa assembleia e seja feito o registro da ata de 2012”.
A comissão provisória presidida por Francisco abriu um novo escritório e está atendendo os filiados do Sindiburi desde a semana passada. O juiz da comarca de Buritis, Dr. Dalmo Luiz, afirmou estar ciente do assunto e que decidirá uma liminar em breve.