Por questões de segurança, a agência do Banco do Brasil de Buritis sofrerá uma diminuição no horário de funcionamento do seu autoatendimento, principalmente nas funções de saque e depósito dos caixas eletrônicos.
A medida foi anunciada na quinta-feira (20) pelo gerente da agência, Marcos Antônio de Faria, em entrevista para a Rádio Transamérica FM. O gerente afirmou se tratar de uma decisão da diretoria do banco a nível nacional e que irá abranger várias agências do país em locais considerados de risco.
“Aqui não tivemos arrombamentos de caixas, mas houve uma tentativa em um terminal no ano passado e a agência possui um antecedente que não é favorável”, informou Marcos, se referindo aos dois assaltos ocorridos em 2003 na agência de Buritis. O caso em Riachinho neste mês também influenciou na medida.
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A redução do horário de funcionamento dos caixas automáticos foi grande. A partir do dia 24 de março serão 8 horas diárias a menos para os clientes do autoatendimento, além do encerramento das operações nos fins de semana e feriados. O horário para saques e depósitos, que era de 6hs às 22hs, passa a ser de segunda a sexta de 9hs às 17hs, e até às 20hs para outras operações.
O gerente da agência admite que os maiores prejudicados serão os clientes. “Essa mudança trará transtornos para clientes e comerciantes não apenas de Buritis, mas também das cidades de Arinos, Riachinho, Bonfinópolis, Brasilândia, João Pinheiro entre outras, que também terão seus horários alterados. Infelizmente as pessoas de bem estão virando reféns e as instituições precisam se adequar a esta falta de segurança que estamos vivendo em todo o Brasil”, lamentou Marcos.
As agências de Unaí, Paracatu e Formosa (GO) não sofreram alterações. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), a tendência é que esses novos horários se tornem padrão em todas as agências do Bancos no Brasil, caso não haja diminuição no número de crimes contra as agências.
Para Kátia Durães, presidente da Associação Comercial de Buritis (ACIAB/CDL), essa mudança será “terrível” para o comércio. Segundo ela, já estão sendo estudadas medidas para tentar reverter essa decisão. “Vamos fazer um abaixo assinado e nos reunir com quem for necessário para brigar para que isso não aconteça. Os empresários precisam de facilidades bancárias e não o contrário. O horário de atendimento já era ruim e vai piorar ainda mais”, afirmou Kátia.