Nos últimos meses, drogarias, farmácias e hospitais de todo país enfrentam a crescente falta de remédios básicos para tratamentos de saúde. O desabastecimento de determinados medicamentos que ocorre a nível nacional pode atingir Buritis e causa preocupação.


O Ministério da Saúde atribui o desabastecimento a diferentes fatores: aos recentes lockdowns na China e na Índia, à guerra na Ucrânia, ao aumento dos custos de produção e à escassez de matéria-prima para a fabricação dos medicamentos.


Luana Fonseca, farmacêutica e coordenadora da Farmácia Municipal, afirmou ao Mais Buritis que os estoques do município estão garantidos para as próximas semanas em se tratando de antibióticos, analgésicos e outros (medicamentos para dor, febre e etc.), mas não existe previsão da chegada de novos estoques. Luana também disse que a Farmácia Municipal de Buritis realiza mais de 4 mil atendimentos por mês.


Um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) constatou que 80,4% dos municípios consultados têm sofrido com a falta de medicamentos no sistema público de saúde brasileiro. A pesquisa foi feita com 2.469 prefeituras, entre os dias 25 de maio e 20 de junho. A amoxicilina lidera a lista, sendo citada por 68% dos respondentes. Já a dipirona, em segundo lugar, foi mencionada por 65,6%.
A dipirona injetável (50,6%) e a prednisolona (45,3%) também se encontram entre os mais mencionados. A ausência dos medicamentos já dura entre 30 e 90 dias em 44,7% dos casos. O problema se estende por mais de 90 dias em 19,7% das situações.


A Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) também admite a escassez de fármacos no atendimento público, que seria provocada pela dificuldade para importar os insumos necessários para a fabricação dos produtos.