Por Cirlene Lima – Universitária do Curso de Letras pela Universidade de Brasília (UnB)
A escola é uma das instituições responsável pelo processo de alfabetização do indivíduo e na democracia tem uma função importante, que é promover a socialização das pessoas, instituindo a cidadania. O conhecimento deve contribuir para a formação de um cidadão de bem para que este possa contribuir para a construção de uma sociedade democrática.
Nos nossos dias há uma crise de valores éticos, as pessoas buscam seus próprios interesses, sempre querendo tirar vantagens em tudo.
É preciso à colaboração da escola para a revitalização da formação ética, atingindo tanto as ações cotidianas quanto as formas de relações entre povos, etnias, grupos sociais, no sentido do reconhecimento das diferenças e das identidades culturais. – José Carlos Libâneo
A escola precisa trabalhar em seus alunos valores e o respeito aos povos sem preconceito e descriminação e criar políticas de valorização e aceitabilidade às diferentes culturas e classes sociais.
Todos têm direito de acesso ao conhecimento e a informação com qualidade para a construção de uma nova sociedade que rompa as barreiras da escola, em outras palavras não basta que o aluno frequente uma escola, mas que se torne um cidadão comprometido e consciente de sua responsabilidade social.
O papel crucial da escola é orientar os discentes em sua formação pessoal no que diz respeito a moral e a ética. E aqui não vale o dito popular que diz: “faz o que eu falo e não faça o que eu faço”. O professor e todos os envolvidos neste processo de formação precisam pautar as falas com o exemplo.
O discente precisa ser irrepreensível em seus atos e fala e em toda sua maneira de proceder. Como por exemplo, o professor de Língua Portuguesa tem autoridade de cobrar a leitura de um dado livro se ele ainda não o fez, o que acontecerá se for questionado sobre o fato? Com que autoridade proibirá o uso do celular na sala se ele próprio faz uso do seu aparelho?
As palavras devem ser corporificadas pelo exemplo. Não se ensina apenas com livros didáticos, quadros negros, multimídias, giz, dentre outros recursos, o profissional ensina em silêncio, com um olhar, com gestos e atitudes que falam mais que palavras.
Devemos formar cidadão de bem, reflexivo, crítico, pesquisador, consciente, empreendedor e autônomo por meio de experiências e aprendizagens que lhe possibilite usufruir o que de melhor se tem no mundo.
Para que estes objetivos sejam alcançados em uma proporção mais abrangente e eficaz, escola, comunidade e família precisam estar e permanecer unidas em um ideal comum.
A escola humana busca, junto da comunidade, recursos para trabalhar pelo fortalecimento da família, da escola e da pátria, condição básica para a melhoria da qualidade de vida. – Ivone Boechat Oliveira
A prática docente engloba a comunidade escolar como um todo e se estende a sociedade. Paulo Freire já declarou uma verdade incontestável: “Como haverá professor sem aluno e como haverá aluno sem a existência de uma família. Família e escola é um dueto inseparável, ambas não podem caminhar sozinhos”.
A escola é a responsável em adequar o indivíduo ao meio e prepará-lo para desempenhar seu papel social, contribuindo para a formação da sua personalidade e a autovalorização.
A sala de aula contribui para a formação de opinião, e assim se os educadores estão convencidos de que a sociedade pode se transformar para melhor, os educandos poderão absorver este conceito e contribuir para que isto seja uma verdade.