Na quinta-feira (30), oito servidores municipais da educação foram demitidos por participarem de um manifesto de greve que aconteceu no dia 14 de agosto. Naquela ocasião os professores reivindicaram o pagamento de salário até o 5º dia útil e acerto de salários em atraso de mais de 80 servidores.
Com o apoio do Sindicato dos Servidores Públicos de Buritis (Sindiburi), os professores, pais de alunos e vereadores fizeram um manifesto em frente à Secretaria de Educação em repúdio a decisão da administração municipal. Os pais apresentaram um abaixo-assinado quanto aos prejuízos da troca de educadores no terceiro bimestre do ano letivo.
O presidente do Sindiburi, Erni Prado, classificou a iniciativa da prefeitura como injusta e impensada. “A demissão foi arbitrária e os servidores não tiveram oportunidade para se defender. O sindicato ajuizará uma ação em favor dos professores”, ressaltou.
A vereadora Nílvia Prisco, apoiadora do manifesto, criticou a ação do governo e citou uma nota emitida pela Prefeitura no dia 31 de agosto informando que “não existe nenhum servidor com salários atrasados, nem do quadro geral, tampouco do magistério”. Ela enfatizou que “apesar dos professores estarem com seus salários em dia, os pagamentos foram feitos com um mês de atraso. O próximo pagamento, que por lei deve ser depositado até o próximo dia 7, pode atrasar novamente”.
Durante a manifestação na sexta-feira (31), corria o edital para a substituição dos educadores desligados. A secretária Marina Campos Valadares informou não poder dar uma declaração sobre o caso por estar ocupada com o edital. Solicitados, nenhum representante da Prefeitura se manifestou sobre o caso.