O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça em Buritis, moveu uma ação civil pública contra o policial penal Cláudio Silva Bomfim, já condenado criminalmente por corrupção passiva a 10 anos e 10 meses de prisão acusado de cobrar propina de familiares de detentos em troca de benefícios no cumprimento das penas no estabelecimento prisional do município.
A Promotoria pede agora o bloqueio judicial de bens do acusado no valor de até R$ 54.436,01, a condenação à perda dos bens obtidos de forma ilícita, reparação do dano individual causado, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por 14 anos, pagamento de multa e pagamento de danos morais coletivos no valor de R$ 500 mil.
O policial penal foi alvo de investigação do MPMG no fim do ano de 2019 e início de 2020. Contra ele foram cumpridas medidas de quebra de sigilo bancário, busca e apreensão e prisão preventiva. À época, Cláudio fugiu e ficou foragido por mais de um ano, sendo preso apenas em 2022.
Durante as investigações, foi descoberto que Cláudio solicitou, na condição de diretor do presídio, por pelo menos quatro vezes, vantagens a familiares de presos, tendo recebido em ao menos três delas. Na ação apresentada à justiça, o Ministério Público afirma que “as condutas do agente agridem a reputação moral do Estado de Minas Gerais para com seus cidadãos”.