A Associação Comercial e Empresarial de Buritis (ACE) aderiu ao manifesto contra o imposto dos combustíveis. Após uma reunião da direção, comerciantes e empresários fecharam seus estabelecimentos na segunda-feira (28) em apoio aos caminhoneiros que chegaram ao oitavo dia de paralisação.
O ato começou ao meio dia na saída da cidade com proprietários e funcionários de mercados, madeireiras, distribuidoras de bebidas, cooperativas, lojas de roupas, informática, material de construção, elétricas, gráficas e outras. “Os comerciantes estão sentindo os reflexos da greve e essa batalha não é apenas dos caminhoneiros, é uma luta de todos nós brasileiros” disse a presidente da ACE, Nayana Machado.
Os comerciantes afirmam que o protesto é pelo combustível e também por melhores condições de trabalho. “Fazemos o transporte na área urbana e rural da cidade e quando abrimos nossa loja pagávamos R$ 1,20 no frete de piso, hoje pagamos R$ 2,80. Já no restaurante nossa preocupação é com falta do gás, uma ferramenta básica para darmos sequencia no atendimento” contou Tamires Moraes, dona de madeireira e restaurante.
Apesar das medidas provisórias anunciadas na noite de domingo pelo presidente Michel Temer, os caminhoneiros permanecem em protesto. Em Buritis a classe afirma que as promessas não atendem as solicitações do setor de forma benéfica a todos. “O acordo foi feito com os representantes dos caminhoneiros autônomos e antes de ser assinado nenhum de nós fomos informados das decisões. A redução por apenas 60 dias é apenas empurrar o problema para frente, além da gasolina ter sofrido aumento, indo totalmente contra nossas reivindicações” justificou Wendel Durães, um dos representantes dos caminhoneiros na greve.
A equipe do Programa Saúde da Família – PSF do bairro Taboquinha em parceria com a Secretaria de Saúde foi para o manifesto prestar serviços de triagem, aferir pressão e glicose, além de aplicarem a vacina da gripe para o grupo de risco no local. “Vimos como uma oportunidade de atingir boa parte da comunidade com os atendimentos básicos prestados nos PSF’s que muitos deles não fazem com frequência, além de trazer suporte médico aos caminhoneiros” explicou o médico da unidade, Hugo Henrique.
A ACE e comerciantes paralisaram na segunda-feira, e o posicionamento foi sentido por toda população. As principais ruas da cidade estavam vazias. Poucos comerciantes seguiram com atendimento no período da tarde, principalmente os de serviços farmacêuticos e bancários.
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