Atualizado às 21h48 em 07/05/2019

O novo pedido de licença médica do prefeito de Buritis Dr. Keny Soares (PDT) foi aprovado pelos vereadores na noite de segunda-feira (06). Esse foi o terceiro pedido para se ausentar do executivo municipal por questões de saúde.

O pedido foi aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal, mas alguns vereadores como Carlos Fernando, Camila Almeida e Waninha afirmaram que esta foi a última vez que votaram a favor desse tipo de pedido. Segundo eles, comprovada a gravidade da doença, o prefeito deveria deixar o vice Rufino Folador assumir o cargo para que o município não fique prejudicado.

Essa foi a terceira licença em seus três anos de mandato. A primeira aconteceu em fevereiro de 2018, quando o Dr. Keny Soares foi diagnosticado com um quadro de trombose de veia mesentérica superior. O chefe do executivo ficou fora das atividades por 30 dias. Em 2019 foram dois pedidos de licença. No dia 20 de fevereiro a Prefeitura divulgou nota informando sobre o afastamento temporário por 60 dias, o mesmo período da nova solicitação.

Keny fala sobre seu estado de saúde

Dr. Keny afirmou para o Mais Buritis que concluiu o tratamento da trombose ainda no ano passado e em decorrência da enfermidade desenvolveu a síndrome de burnout (esgotamento profissional). “Da trombose não tenho mais nenhum traço médico. Atualmente cuido de um distúrbio emocional e estresse da síndrome, com foco pontual na depressão. Faço acompanhamento psiquiátrico e psicanalítico desde novembro” revelou.

Sobre as declarações dos vereadores, Keny disse estar ciente das condições do município e não vê motivos para renúncia. “Apesar das licenças, Buritis está em ordem. Ruas limpas, não faltam médicos ou medicamentos, os salários estão em dia, as escolas e creches reformadas, com merendas e professores”.

Keny aproveitou para criticar despesas de alguns vereadores, citando uma viagem em que teriam sido gastos R$ 14 mil. Segundo ele, esse valor foi gasto em um encontro nacional de vereadores em Brasilía com duração de 4 dias.

As ações movidas este ano contra o prefeito por nepotismo também foram comentadas. “Estou como prefeito e não quero beneficiar nem João nem Maria. Boa parte dos funcionários que hoje estão na gestão já trabalhavam em administrações anteriores e permaneceram por competência. Em momento algum foi avaliado seus parentescos”, disse.

Com o afastamento, o vice-prefeito Rufino Folador (PRB) reassume o cargo de prefeito pelos próximos dois meses.