A Lei Maria da Penha completou no dia 7 de agosto, 14 anos da sua criação, cujo objetivo é coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra mulheres em todo o Brasil. E para reforçar, a campanha “Agosto Lilás” pretende alertar a população sobre a importância da prevenção e do enfrentamento à violência contra a mulher. A Secretaria Municipal de Ação Social de Buritis através do Centro de Referência da Mulher (CRM) estão promovendo ações com esse propósito.

De acordo com a Coordenadora do CRM, Larissa Pimentel, devido à pandemia da Covid-19, a campanha está sendo feita de forma virtual e um das ideias é produzir e divulgar vídeos para incentivar denúncias de agressão contra a mulher.

“Infelizmente esse ano a gente não pode fazer campanha como nos anos anteriores devido à esse momento que estamos passando. Resolvemos em conjunto com a ação social fazer alguns vídeos para conscientizar a população e divulgar canais de atendimento, como telefones para denúncias e também acolhimento”, destacou Larissa.

Veja aqui um dos vídeos.

Ainda segundo a coordenadora, durante a pandemia da Covid-19 houve aumento no atendimento a mulheres que sofreram alguma violência doméstica em Buritis. Para ela, esse número pode ser ainda maior por causa do isolamento social, em que as vítimas ficam mais tempo em casa com o companheiro agressor, coagidas, sem poder fazer a denúncia.

Outra ferramenta que visa ajudar a mulher é a campanha “Sinal Vermelho”. A iniciativa tem como foco ajudar mulheres em situação de violência a pedirem ajuda nas farmácias do país. Com um “X” vermelho na palma da mão, que pode ser feito com caneta ou mesmo um batom, a vítima sinaliza que está em situação de violência. Com o nome e endereço da mulher em mãos, os atendentes das farmácias e drogarias que aderirem à campanha deverão ligar imediatamente para o 190 e reportar a situação. Vale destacar que o atendente não é convocado a prestar depoimento na condição de testemunha.

A campanha foi lançada em junho pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O CRM aderiu no final de julho e realizou um encontro com as farmácias de Buritis.

A violência contra mulheres é uma violação de direitos humanos e um grave problema de saúde pública. Ela pode trazer como consequências: mortes, lesões, traumas físicos e vários tipos de agravos mentais e emocionais. Além disso, diminui a qualidade de vida das mulheres e de suas famílias, gerando prejuízos à sua autonomia e seu potencial como pessoa e cidadã.