Nesta quarta-feira (22), a Polícia Civil de Minas Gerais, por intermédio da Delegacia de Polícia Civil de Buritis/MG, em apoio a Polícia Civil do Distrito Federal, cumpriu Mandado de Busca e Apreensão, relacionado a deflagração da “Operação Charta”. A operação foi realizada na Fazenda ABC, localizada na região do distrito de São Pedro do Passa Três em Buritis/MG, cujo proprietário é investigado por associação criminosa para prática de sonegação fiscal.

A Papelaria ABC, principal alvo de uma ação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) contra sonegação fiscal, atua há mais de 43 anos em Brasília. Segundo as investigações que levaram à Operação Charta, deflagrada nesta quarta-feira (22/11), os donos do comércio usavam documentos falsos para criar novas empresas em nome de “laranjas”. Isso garantia a continuidade de sua operação.

As investigações da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT) em torno das empresas tiveram início há cerca de quatro meses, por meio de informações repassadas pela Secretaria de Fazenda, tendo como principal foco a papelaria.

Os donos do comércio faziam as declarações fiscais regularmente, mas não honravam com pagamentos dos tributos devidos há mais de 10 anos, o que gerou prejuízo superior a R$ 61 milhões no DF.

As diligências da operação foram realizadas em Brasília e no Lago Norte no Distrito Federal, nas cidades de São Paulo/SP e Buritis/MG, na sede das empresas do grupo, nas residências dos investigados e nos escritórios de contabilidade responsáveis pela escrituração fiscal e contábil das empresas do grupo.

Participaram da ação cerca de 70 policiais da Polícia Civil do Distrito Federal, dentre delegados, agentes, escrivães e peritos criminais, além de equipes das polícias civis de São Paulo e Minas Gerais e 20 auditores fiscais da Secretaria de Estado da Fazenda do Distrito Federal.

Os suspeitos responderão pelo crime contra a ordem tributária (Sonegação Fiscal), associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de capitais. Se condenados, podem pegar até 30 (trinta) anos de prisão.  O nome da operação, “Charta”, que significa papel em latim, é uma alusão ao fato de o grupo atuar no ramo de papelaria.