Na noite de segunda-feira (18) a Polícia Militar de Buritis recebeu uma denúncia de estupro de vulnerável contra o presidente da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Buritis, Ronaldo Gontijo Bento. A vítima, uma aluna portadora de deficiência intelectual, contou o ocorrido para as coordenadoras da instituição, que contataram a família da jovem e acionaram a PM.

De acordo com o boletim de ocorrência, por volta de meio-dia, o presidente da APAE chamou a vítima para realizar tarefas externas, mas passou em sua casa antes. Ela relatou para os policiais que no interior da residência, o acusado lhe agarrou e pegou em suas partes íntimas, quando ela se desvencilhou e correu para o portão.

Em seguida, ambos foram no mesmo carro buscar cadeiras no Parque de Exposições, que não foram localizadas. Na volta para a APAE, Ronaldo passou novamente em sua residência e chamou a vítima para tomar água. Quando entraram, o acusado teria lhe agarrado e jogado contra a parede, levando a mão dentro da bermuda da vítima, mostrando seu órgão genital e dizendo: “Pode ficar tranquila, vai ser rapidinho e não vai doer”. A vítima correu pra fora da casa.

No caminho para a APAE, a jovem relata que o presidente falou para não contar o que aconteceu para ninguém, que isso seria um segredo dos dois.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, a vítima ficou na APAE até o acusado ir embora, por volta de 17h, quando contou para a coordenadora e para a administradora da APAE sobre o ocorrido. A vice-presidente da instituição ligou para Ronaldo e o questionou sobre o ocorrido, que negou e alegou não ter feito nada, dizendo que passou em casa somente para tomar refrigerante e foram embora.

A vítima foi encaminhada até a unidade de saúde, juntamente com sua mãe, para realização de exame de corpo de delito.

A Polícia Militar informou que até o momento desta publicação não localizou o presidente da APAE e segue em rastreamento. O Mais Buritis também tenta contato com Ronaldo para ouvir sua versão dos fatos.

A APAE informou que o acusado deve ser afastado para cuidar da sua defesa e que irá prestar apoio à vítima e a sua família. 

SEGUE A NOTA PÚBLICA DIVULGADA PELA INSTITUIÇÃO:

“A APAE BURITIS, por seus demais membros da diretoria que a compõem, informa que por se tratar de questão que envolve sua usuária e a gravidade dos fatos que teriam ocorrido fora da sede da APAE, pode informar que o assunto já está sendo tratado pela autoridade policial.

A APAE, por sua administração,  informa que desde ontem se colocou à disposição para colaborar com autoridade policial, e principalmente em prestar apoio à usuária e sua família.

Ao membro da diretoria, alvo das suas acusações, caberá, uma vez afastado de suas funções de presidente, se dedicar a apresentar sua versão dos fatos e defesa perante as autoridades competentes.

A APAE, pelos demais membros da diretoria e servidores, caberá continuar prestando apoio à usuária e sua família por sua equipe técnica, garantindo assim que os serviços prestados pela entidade não sejam interrompidos”. 

Deve ficar registrado que a entidade, sem fazer qualquer julgamento antecipado sobre o caso, não pode ser confundida com quaisquer de seus membros, sendo cada um responsável por seus atos.

Atenciosamente,
Administração/ diretoria da APAE