Os funcionários e 157 alunos da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) estão passando por momentos de dificuldade em Buritis. Com telefone cortado, contas de água e luz atrasadas, o fornecimento de combustível também deve ser interrompido em breve caso a situação não seja revertida.

O motivo é o atraso do repasse de dois convênios firmados com a Prefeitura Municipal de Buritis. De acordo a diretoria da instituição, o convênio 004/2012, que cobre custos com combustível, telefone, água, luz, manutenção de veículos, itens de papelaria e outros materiais, está atrasado em dois meses.

Segundo Dilton Mendes, presidente da APAE de Buritis e pai de uma aluna com Síndrome de Down, a instituição está sofrendo com o que considera uma “perseguição” por motivos políticos. “O prefeito Dr. Keny Soares mandou me chamar e perguntou se eu não iria “vestir a camisa” do candidato apoiado por ele no período eleitoral”, afirmou. Como o pedido não foi atendido, pois se trata de uma entidade sem envolvimento partidário ou político, Dilton acredita estar sofrendo represálias.

Além do atraso, a APAE também encontra outras dificuldades no relacionamento com a prefeitura local. O pedido de uma planta do prédio só foi fornecido pela Secretaria de Obras após envolvimento do Ministério Público, que obrigou os funcionários a entregar o material solicitado.

Para Dilton, os mais de R$ 10 mil em atraso são subvenções muito importantes para a manutenção da instituição. “Precisamos nos humilhar várias vezes para conseguir alguma coisa com a prefeitura, mas não me importo, pois infelizmente quem sofre não sou eu, e sim o atendimento aos alunos”. Ele ressaltou também a solidariedade e o apoio de empresários e cidadãos que colaboram com os trabalhos da APAE no município.