Buritis sofre com a falta de sinal das operadoras Vivo, TIM, Claro e Oi Fixo há mais de 24 horas. O problema com as operadoras está refletindo diretamente no comércio e principalmente nas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica que estão com o sistema totalmente fora do ar.

A queda do sistema começou às 5h da manhã de terça-feira (7) nas agências bancárias e na telefonia fixa que depende do link da operadora Oi. A segunda queda foi das companhias TIM e Claro, e na quarta-feira (8) o sinal da Vivo saiu do ar deixando a cidade incomunicável via telefone.

A causa do problema é a falta de energia na torre que retransmite o sinal para Buritis, e está localizada em uma propriedade particular a 30km da cidade, na região da Barriguda I. Com a falta de energia nos equipamentos os sistemas bancários e telefônicos ficaram inoperantes.

Segundo um técnico da Oi, o proprietário da fazenda proibiu o acesso da empresa no local. O advogado do dono da fazenda disse que as operadoras Oi e Vivo estão há anos sem regularizar financeiramente a situação dos equipamentos na propriedade. Enquanto segue o impasse, a CEMIG busca reestabelecer o fornecimento de energia daquela região.

Após receber várias reclamações dos comerciantes locais o chefe da assessoria jurídica do município, Marcos Aurélio, realizou uma representação diante ao Ministério público. “Trata-se de um serviço público essencial, que não pode ser interrompido. A propriedade privada não é absoluta, pelo contrário, ela pode ser relativizada quando o interesse público estiver em conflito com o do particular, sempre prevalecerá o interesse coletivo” afirmou o advogado.

Sem o sinal da telefonia e com os bancos sem serviço, os guichês da lotérica e dos Correios ficaram lotados de gente tentando sacar dinheiro e fazer pagamentos. Até a saúde da cidade foi afetada. O médico Hedmilson Sanábio não conseguiu acessar o prontuário eletrônico dos pacientes no posto de saúde. “Estive no plantão com um paciente grave com patologia cardiológica e não consegui pedir um parecer ao cardiologista, fato que poderia ter tido complicações”, afirma.

As aulas na região da Barriguda I foram suspensas pela falta de energia. As máquinas de cartões de crédito também estão inoperantes,  impossibilitando vendas e prejudicando o comércio.

Colaborou Rosivan Morais