Esse tempo quente e de baixa umidade ajuda a deixar a vegetação seca, e com isso os focos de incêndio aumentam com mais facilidade. Somente neste mês de setembro foram registrados pelo menos nove focos de incêndio no cerrado buritisense, segundo informações da Polícia Militar Ambiental. 

A Veredinha, por exemplo, sofreu três vezes com o fogo nos primeiros quinze dias do mês. A maioria dos casos foi incêndio criminoso. 

“Infelizmente são pessoas que não tem consciência e acaba causando esses incêndios. Esse ano aumentou bastante os focos de incêndio. O ano passado conseguimos passar sem grandes focos”, disse o sargento Wagner da Polícia Militar Ambiental de Buritis.

Além de árvores e plantas, as cinzas que ficam às margens da veredinha podem provocar a morte dos peixes por comprometer o oxigênio. Os animais que vivem fora da água também estão correndo risco de vida, principalmente por ser período de procriação. 

“É período de choca, período das flores e também queda de sementes, onde ocorre esses incêndios o meio ambiente vai sofrer bastante” alertou Wagner.

A Polícia Militar Rodoviária informou que, apesar do volume de focos de incêndio próximo das rodovias que cortam o Noroeste de Minas, não tem atrapalhado o tráfego de veículos e o único acionamento para atender esse tipo de ocorrência foi na terça-feira (15) por causa do fogo na vegetação às margens da MG-400.

Provocar incêndios florestais, seja de forma intencional ou por acidente, é crime ambiental e rende punição em instâncias variadas. A pena para quem for flagrado colocando fogo na vegetação é de multa ou prisão de até cinco anos a depender da gravidade.

“A Polícia Militar do Meio Ambiente tem trabalhado no sentido de prevenção. A gente faz algumas visitas aos proprietários de fazenda para que se evite fogo pois ele o maior degradador do meio ambiente”, ressaltou o sargento Wagner.