Há quatro meses uma horta tem sido cultivada por detentos no Presídio de Buritis. Além de colaborar na ressocialização dos presos, o plantio será doado as instituições de ensino do município. A iniciativa veio do diretor geral Wellington da Silva Ferrão que firmou parceria com a Prefeitura doadora das sementes.
Cerca de 77 presos cumprem pena na cadeia atualmente. Desses, quatro iniciaram a horta e mais seis serão incluídos na carga horária de trabalho. A meta do projeto é ter 20 presos participando do plantio e colheita. “Hoje produzimos alface, abóbora, cenoura, pimenta e couve. Na última semana foram colhidos 150 pés de alface”, informou o diretor.
Buscando levar alimentos frescos aos alunos de Buritis, o projeto foi iniciado na Creche Municipal Eunice Martins de Araújo, no Centro Educacional Ângela Maria da Cunha, na Escola Estadual José Gome Pimentel e quer alcançar todas escolas no município.
O alimento produzido no presídio é utilizado também em benefício próprio dos detentos. “A alimentação que chega até eles é bem restrita. A horta tem sido um complemento na refeição de todos”, complementou o diretor.
Para Wellington o projeto é uma forma de disciplinar o detento. “Vemos o preso apenas como um preso. Esse projeto tem nos dado a chance de perceber o lado humano e a disciplina de cada um. Eles estão sendo moldados para retornar à sociedade”. A cada quatro dias trabalhados é reduzido um dia na pena daqueles que estão cumprindo regime fechado e semiaberto.
A iniciativa já tem proposta de expansão. Um lote ao fundo do presídio foi cedido para que maracujás e acerolas sejam plantadas. “Queremos extrair polpas que também serão distribuídas na cidade. Trabalhamos com uma unidade mista, o próximo passo é trazer uma atividade para as mulheres”.
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