O descompasso entre as redes de assistência social e à saúde e as demandas dos dependentes químicos foi evidenciado no quinto painel do ciclo realizado pela Subcomissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de Álcool, Crack e Outros.

De acordo com estudo da Fundação Oswaldo Cruz, citado por Ricardo Paiva, o crack leva um terço de seus usuários à morte, ocasionada, em 85% dos casos, não pelo seu uso, mas por situações violentas associadas ao consumo. De qualquer modo, o presidente do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas (Conead), Aloísio Antônio Andrade de Freitas, alertou para o fato de que o processo de “demenciação” desencadeado pelo uso de crack e óxi – subprodutos da cocaína – é rápido e, uma vez instalado, irreversível.

A escassez de investimentos públicos foi apontada como agravante, fragilizando o atendimento a cerca de 18 milhões de brasileiros que convivem com o drama.

Segundo o representante do Conselho Federal de Medicina, Ricardo Paiva, apenas R$ 5 milhões dos R$ 400 milhões previstos no Orçamento da União para o setor foram efetivamente gastos em 2010. Outro agravante é a falta de uma rede de assistência para se proceder à internação para desintoxicação. A exposição precoce a entorpecentes pode predispor o indivíduo ao seu consumo no futuro. A hipótese foi admitida pelo psiquiatra Esdras Cabus Moreira, coordenador do Centro de Estudos e Terapias do Abuso de Drogas da Universidade Federal da Bahia, em resposta a indagação do senador Waldemir Moka (PMDB-MS) sobre a predisposição de algumas pessoas à dependência química.

Eduquem e cuidem de seus filhos!!!

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